terça-feira, 6 de outubro de 2009

SUGESTÕES DE GENEBRA 2

2-Foi sugerido que sejamos todos muito realistas quanto à dificuldade que encontraremos em escolher Senadores para a FT que se movam bem e livremente entre as várias comunidades/realidades da Diáspora Portuguesa...

Confesso que não estive bem a responder a esta sugestão, não só peço facto do meu cansaço e ansiedade me trair, mas também por ter esperado que tivesse ficado claro que a minha condição de nascença de emigrante (e a minha sensação de ser um permanente e/imigrante) não deixasse margens para que se percebesse que conhecia sobejamente essa dificuldade. Desalentei com a forma fatalista como essa evidencia foi exposta e provavelmente a minha forma de tenha degradado. Peço desculpa a todos. A frustração de reconhecer esse desafio como o enunciado de onde partimos e urgência de discutirmos a solução dessa realidade, aliou-se à confiança cega e a fé que tenho de que tal missão é possível (senão terei de ignorar a minha própria pessoa e apagar a história da minha vida).

É verdade que será difícil encontrarmos pessoas que sejam universalistas, tolerantes , abertos, inclusivos, nobres e respeitosos na forma como interagem com estas realidades. Talvez até nunca sejamos capazes de eliminar o duelo entre o preconceito e o complexo que existem nestas duas comunidades (que afinal são apenas uma e a mesma - a Portuguesa). O Senador e a sua equipa terão provavelmente apenas de ser bem aceite nestas várias camadas geracionais e de conseguirem que as pessoas lhes indiquem os casos mais relevantes de talentos em qualquer destes quadrantes (emigrantes de 1ª ou 2ª geração, lusodescendentes, lusófonos com vontade de residirem em Portugal ou outros que queiram aplicar ou fixar o seu talento em Portugal.

Eu acredito que é difícil, não aceito que seja impossível. procure-se com mais energia do que se investe em reconhecer que é impossível e essa/s pessoas emergirão.

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